quinta-feira, 28 de junho de 2012

Aprender a linguagem que se escreve - Parte I


Nesta primeira parte, você verá o depoimento da professora Lúcia Lins Browne Rego sobre linguagem escrita e linguagem falada e a possibilidade de entrar em contato com a linguagem escrita por meio da leitura feita pelo professor.

Vídeo disponível no site da Revista Nova Escola

Ler para escrever bons textos


Débora Rana, professora e formadora do Instituto Avisa Lá, destaca que, para mediar um trabalho de escrita, o professor precisa ensinar um tipo específico de comportamento leitor: a busca de informações com o objetivo de produzir um novo texto.

Vídeo retirado do site da Nova Escola

quarta-feira, 13 de junho de 2012

II Congresso Internacional de Educação Matemática






PROGRAMAÇÃO



  • 17h - Credenciamento
  • 19h – Abertura
  • 19h30 Conferência de abertura:
    "A escola e a construção do número pela criança"
    Prof. Dra. Constance Kamii - Prof. Titular da Universidade de Birmingham
    Tradução consecutiva: Prof. Ms. Marta Rabioglio
  • 21h Palestra:
    Formação de conceitos e dificuldades de aprendizagem
    Prof.ª Ms Ivanilde Moreira
  • 22h Encerramento do dia


  • 8h30 às 11h30 e 13h às 16h: Oficinas pedagógicas

    • Of. 1: Construção e sistematização do cálculo mental
      Prof.ª Ms. Marta Rabioglio
      Público alvo: Professores de Ed Infantil e Ensino Fundamental I
    • Of. 2: Organização do trabalho com a matemática em sala de aula
      Prof.ª Dra Lia Leme Zaia
      Público alvo: Professores do Ensino Fundamental
    • Of. 3: Solução de problemas aritméticos
      Prof.ª Dra. Adriana Maria Corder Molinari
      Público alvo: Professores do Ensino Fundamental I e II
    • Of. 4: Os jogos como recurso para construção da notação numérica na criança
      Prof.ª Ms. Maria Carolina Villas Bôas
      Público alvo: Professores de Educação Infantil e anos iniciais do EF
    • Of. 5: Utilizando jogos na sala de aula e fazendo cálculos
      Prof.ª Claudia Minuchelli
      Público alvo: Educação Infantil e início do Ensino Fundamental
    • Of. 6: Arte, Matemática e Geometria
      Prof.ª Gláucia M. Maligeri
      Público alvo: ensino Fundamental II
    • Of. 7: Frações com auxílio de materiais manipulativos
      Prof. Ricardo José Carneiro
      Público alvo: Ensino Fundamental I e II
    • Of. 8: Estratégias lúdicas para a aprendizagem significativa das quatro operações
      Prof. Eduardo Kopp
      Público alvo: Educação Infantil e Fundamental I
    • Of. 9: A estratégia da pergunta como recurso para uma aprendizagem significativa
      Prof. Walter Fernandes Sório
      Público alvo: Ensino Fundamental I e II
    • Of. 10: Trabalhando Letramento Matemático em sala de aula
      Profas Marcia Cecília e Cristiane Aparecida
      Público alvo: Fundamental I e II


  • 8h30 às 10hs - Palestra:
    "Avaliando competências no ensino de matemática"
    Prof Dr Vasco Moretto
  • 10h às 10h30 - Coffeebreak
  • 10h30 às 12h30 - Palestra:
    "Resolução de problemas: redimensionando seu lugar e seu papel na formação matemática do aluno"
    Prof.ª Dra Kátia Stocco Smole
 
Mais informações no site:
 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Movimento Down contrata Terapeuta Ocupacional e Pedagogo(a)

Para os interessados, por favor enviar para o email biancaramos@movimentodown.org.br o currículo, justificando na mensagem, em três parágrafos, porque se interessa em trabalhar para o Movimento Down, até o próximo dia 08/06.

TERAPEUTA OCUPACIONAL 
Requisitos:
(1) Escolaridade: Ensino superior completo em Terapia Ocupacional;
(2) Especialização em Psicopedagogia, preferencialmente;
(3) Experiência no acompanhamento e/ou mediação de crianças ou adolescentes na escola
(4) Habilidades: Boa redação, habilidade na pesquisa, avaliação e sistematização de informações, elaboração de relatórios técnicos e recursos de informática, com no mínimo bom desempenho em word, Excel e internet;
(5) Características Pessoais: Dinamismo, facilidade para comunicação e relacionamento interpessoal, flexibilidade de horário, agilidade, pró-atividade e organização.

 Resumo das Principais Atividades:
 Auxiliar pesquisa em desenvolvimento, sistematizar, avaliar e elaborar catálogo técnico sobre adaptação de brinquedos e estratégias de utilização que favoreçam o desenvolvimento de crianças e adolescentes com síndrome de Down, supervisionar e coordenar bolsistas de graduação; participar de reuniões técnicas com especialistas da Universidade e coordenadores do projeto. 
Carga horária: 20horas semanais de dedicação.
 A carga horária será distribuída em rotinas na Universidade para a orientação dos bolsistas e reuniões de equipe e pesquisa e produção de conteúdo. Esta última poderá ser cumprida em horário flexível e em espaço de preferência.
 Local de trabalho: Rio de Janeiro, Ilha do Fundão – UFRJ
Remuneração Prevista: R$ 2.000,00
 
PEDAGOGO:

Requisitos:
(1) Escolaridade: Ensino superior completo em Pedagogia;
(2) Especialização em Educação Inclusiva, preferencialmente;
(3) Experiência no acompanhamento e/ou mediação de crianças ou adolescentes com síndrome de Down;
(4) Habilidades: Boa redação, habilidade na pesquisa, avaliação e sistematização de informações, elaboração de relatórios técnicos, e recursos de informática, com no mínimo bom desempenho em word, Excel e internet;
(5) Características Pessoais: Dinamismo, facilidade para comunicação e relacionamento interpessoal, flexibilidade de horário, agilidade, pró-atividade e organização.

 Resumo das Principais Atividades:
 Auxiliar pesquisa em desenvolvimento, sistematizar, avaliar e elaborar catálogo técnico sobre adaptação de brinquedos e estratégias de utilização que favoreçam o desenvolvimento de crianças e adolescentes com síndrome de Down, supervisionar e coordenar bolsistas de graduação; participar de reuniões técnicas com especialistas da Universidade e coordenadores do projeto.
 Carga horária: 20horas semanais de dedicação.
 A carga horária será distribuída em rotinas na Universidade para a orientação dos bolsistas e reuniões de equipe e pesquisa e produção de conteúdo. Esta última poderá ser cumprida em horário flexível e em espaço de preferência.
Local de trabalho: Rio de Janeiro, Ilha do Fundão – UFRJ
Remuneração Prevista: R$ 2.000,00

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Telma Weisz fala da alfabetização nas escolas públicas nas últimas décadas


Uma das maiores especialistas em alfabetização no Brasil trata das práticas escolares frágeis que não ensinam a ler e escrever, das mudanças no ensino nas últimas décadas e da qualidade da formação docente

Há 50 anos, ainda estudante do curso Normal, ela assumiu como professora sua primeira turma de 2ª série. "Não sabia nada sobre alfabetização", revela Telma Weisz. Suas vivências quando criança colaboraram para que analisasse a maneira pela qual os alunos aprendem. Começou a ler e escrever antes mesmo de ir à escola graças a um insistente contato com gibis e uma lista de nomes de pessoas da família escrita pela mãe, a pedido dela. "Usava aquelas palavras, já conhecidas, para comparar com outras que encontrava." 


Sua trajetória como educadora e formadora de professores é marcada por feitos importantes para a história da Educação no Brasil. Foi uma das autoras dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa, consultora do Ministério da Educação (MEC) e supervisora pedagógica na elaboração e na implementação do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa). No livro O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem (133 págs., Ed. Ática, tel. 4003-3061, 43,90 reais), discutiu a diferença entre os processos que dão nome à obra. Escreveu também a apresentação de Psicogênese da Língua Escrita (300 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-7033-444, 61 reais), título sobre as pesquisas realizadas pela psicolinguista Emilia Ferreiro e pela pedagoga Ana Teberosky, ambas argentinas. 



Telma segue se dedicando às questões do mundo da alfabetização. É coordenadora do curso de pós-graduação sobre o tema no Instituto Superior de Ensino Vera Cruz (Isevec), na capital paulista. Responde também pela implementação e supervisão do Programa Ler e Escrever, que capacita os professores da rede estadual paulista e pela elaboração da prova do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), aplicada aos alunos do 3º ano - ambas iniciativas com ótimos resultados. "Os dados das provas de 2011 revelam que 94,7% das crianças de 8 anos estão alfabetizadas", comemora. 



Nesta entrevista a NOVA ESCOLA, Telma fala sobre a alfabetização ontem e hoje, traçando um panorama da área e apontando as fragilidades de algumas práticas atuais, e reflete sobre sua prática como educadora. 


Qual a principal mudança na Educação desde os anos 1960, quando teve início seu trabalho na área?

TELMA WEISZ Há 50 anos, metade da população fracassava na escola porque ela não era para todos. Se não fossem de classe média ou alta, as crianças eram tratadas como não ensináveis. Isso ficou mais evidente com a expansão do acesso ao ensino para as classes populares e pela migração da classe média para as instituições particulares. Essa separação pode ser notada até hoje, mas menos do que antes. A maioria dos professores atualmente assume que é obrigação ensinar a todos, ainda que não consiga. Mas não era assim que se pensava. 


Quais os avanços na alfabetização? 

TELMA A grande mudança foi no início dos anos 1980, quando Emilia Ferreiro descobriu e publicou os dados de uma pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita. Naquela época, no Brasil, não se falava mais sobre alfabetização. Isso era considerado um problema sem solução. Quando se divulgou a investigação da psicogênese, houve um renascimento da questão. A discussão não era mais sobre métodos infalíveis para todas as crianças ou qual era o método bom para os ricos e qual o bom para os pobres. Pela primeira vez, foi possível um olhar construtivista sobre um conteúdo escolar, aliás, sobre o mais escolar de todos os conteúdos. O sistema de ensino, que era feito para ensinar a ler e escrever, não conseguia dar conta disso e, de repente, se começou a vislumbrar uma possibilidade. O maior interesse pela pesquisa psicogenética foi na esfera pública, e não na privada, onde essa questão não era tão problemática. A rede estadual de São Paulo foi a precursora: em 1984, começou a difundir a informação. Fui convidada para trabalhar lá porque era estudiosa do assunto. 


Apesar de frequentarem a escola há anos, muitos jovens têm dificuldades para ler e escrever. Por quê?

TELMA Os analfabetos funcionais são produto de uma escola que produz não-leitores e não-escritores. Há uma ideia falsa de como se aprende a ler e escrever e o currículo - cheio de ideias ultrapassadas - é reflexo disso. Ensina-se gramática para que a turma produza textos escolares. Enquanto o ensino tiver esse foco, formaremos pessoas que não saberão ler e escrever. Não são as aulas de gramática normativa que levam alguém a ser um bom escritor. Bons textos são feitos por quem lê e redige regularmente. 


Que contribuições a psicogênese proporcionou à área?

TELMA Ela chegou para destacar a validade de pensar no conhecimento já adquirido pelas crianças independentemente da classe social a que pertenciam. Isso permitiu aos educadores olhar para o objeto de conhecimento e para o processo de aprendizagem por um novo ângulo. Era preciso dialogar com o aluno sobre o que ele sabia. Ocorreram muitas coisas interessantes para marcar a diferença no ensino. O professor passou a ser chamado de mediador, e o ensino, mediação, por exemplo. Hoje, esses termos não estão mais em voga, mas naquele momento foram importantes, uma forma de destacar que não era mais do mesmo. Quando a psicogênese entrou na escola, ocorreu um processo de construção de uma didática da alfabetização. A produção de práticas de ensino se tornou intensa a partir de 1985. O trabalho com projetos se desenvolveu depois, mas a forma de criar situações em que a garotada pudesse refletir sobre a escrita, seja sobre a linguagem, seja sobre o sistema, já vinha sendo pesquisada. No Brasil, não existia investigação didática, mas muita coisa interessante foi criada nos projetos de formação de professores. 


As pesquisas não eram realizadas nas universidades? 

TELMA Não. No Brasil, a universidade esteve ausente, diferentemente do que ocorreu na Espanha, no Uruguai e na Argentina. Aqui, quem estudou o tema trabalhava com formação, como eu, e divulgava o conhecimento por meio de cursos e vídeos.



Entrevista retirada do site da Revista Nova Escola